segunda-feira, 18 de outubro de 2010

A VIAGEM SEM VOLTA - Elizeu Lima Nascimento

Oh quão soberana e democrática morte
De onde vens não se sabes,
Más se sabes que um dia virás
E , no teu bonde lúgubre da viagem pro além...
Não poupas ninguém, quando a hora vem.

E nesse instante em que chegas,
Tirando o folêgo da vida...
Levando  prá terra,  a matéria do chão
Devolvendo-a   ao torrão,
E deixando pros que ficam, arranhões no coração.
  
És o temor de todos, de todos os homens, todos  enfim...
Nivela a todos, todos tombam frente a te,
Más,  te peço uma coisa oh senhora morte...
Que por longos, longos anos, passe distante,
Muito!,  muito distante de mim!.

No entanto, antes, rogo a Deus por mim,
Prá que quando a senhora destruidora da matéria vier,
Que a passagem à outra vida seja veloz,
Rápida como o clarão dum relâmpago - luz,
Pela providência divina...
Do amor e da bondade de Jesus.

E quando da partida para a vida eterna
Quando me for chagada a hora fatal,
Que os anjos  em sintônia cantem...
No céu uma linda melodia,
Como que o cantar dos passáros
No amanhecer de um novo dia.

Que ninguem por mim se entristeça,
E que nenhuma lágrima da face deça
Más, que lembranças,  guardem-me dos bons momentos
Que a vida me presenteou,
Emoções, alegrias, trabalho, vitórias e amor.
  
No habitar da matéria final
Sob a laje fria do campo natural,
Me tragam flores e mensagens de paz
Poesias, versos...
Aqui  jaz um poeta!  em meio a ramais.
  
Quanto a Parte do pranto,
Eu,  entrego-a  num canto,
À lua, às estrelas, às arvores
Ao orvalho da noite, da madrugada, ao amanhecer do dia...
Que me farão  permanente companhia.

                                                                 Eliseu Lima Nascimento
                                                                            Madrugada do dia 13/11/2009
                                                       00:53 (Zero hora e cinquenta e tres minutos).




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